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PASTORA MEIRE PORTO
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Pais destruindo o ninho

“As águias oferecem um ótimo modelo de criação de filhos. Os pais têm um exemplo belíssimo de como ensiná-los a viverem a vida que Deus preparou para eles. É necessário tirar os filhos da “zona de conforto” e ensiná-los a conquistar seu próprio espaço neste mundo e a enfrentarem as adversidades da vida. Torná-los conhecedores e praticantes das exigências que a vida nos reserva. Este é um processo que começa na infância, continua na pré-adolescência e intensifica-se na adolescência propriamente dita”.

Deus, com a sua maravilhosa forma de nos ensinar, utiliza as mais variadas maneiras de transformar nossas vidas. Ele utiliza modelos simples e naturais para passar ensinos grandiosos. Por exemplo, Ele usa a figura da águia 25 vezes no Antigo e Novo Testamento para ajudar o seu povo a entender os caminhos e propósitos dele: “Mas os que confiam no SENHOR recebem sempre novas forças. Voam nas alturas como águias, correm e não perdem as forças, andam e não se cansam” (Is 40.31). E nós, pais e líderes, podemos aprender muito com esta analogia de Deus. Alguns pregadores e escritores como o pastor Abe Huber.

As águias, como bons pais, constroem seu ninho em lugares altos e bem seguros para seus filhos. O ninho é construído cuidadosamente para ser forte, resistente, protegido e confortável. O ninho da águia é o maior entre os ninhos construídos por todos os outros pássaros. Os “pais águias” utilizam penas e folhas com materiais macios para finalizar o lar de seus filhotes. Os dois atuam brilhantemente nas tarefas de cuidar, aquecer, sustentar, proteger e ensinar seus filhos. Estes recebem a comida em suas bocas, pronta para ser engolida.

Entretanto, para as águias, o ninho não é o lugar definitivo dos filhotes. Águias foram feitas para voos altos. Foram feitas para grandes alturas. Então, chega o momento de preparar a saída do ninho. A águia começa a destruí-lo. Começa tirando o revestimento macio e deixa os galhos pontiagudos e desconfortáveis. Elas começam a gerar nos filhotes situações de desconforto e incômodo. As águias não põem comida mais na boca dos filhotes, agora põe pedaços de comida fora do ninho. Os pais devem dar uma razão para os filhotes deixarem o ninho, caso contrário eles permanecerão para sempre ali. Os filhotes precisam amadurecer e aprender a voar e buscar sua própria vida, experimentar a vida majestosa dada pelo Criador.

Inicialmente, eles não entendem, ficam confusos, lutam, rejeitam, questionam. O processo parece ser deveras doloroso. Pensam que se trata de uma atitude maldosa, cruel. Sentem-se pressionados e até injustiçados ou traídos. Mas os pais águias sabem muito bem o que estão fazendo. O alimento passa já a não ser entregue em suas bocas e os filhotes passam a ser desafiados a buscá-lo, o ninho está destruído e os desafios para o voo começam. As águias empurram seus filhotes para fora do ninho e estes caem, desesperados, e são impelidos a bater as asas para livrar-se da queda e, assim, começam a aprender a voar. Levam um tempo para descobrirem que aquilo que está ao lado do corpo são asas e que estas funcionam. Logo, são apanhados pelos pais e, após várias tentativas, começam os primeiros voos até que conseguem voar sozinhos.

As águias oferecem um ótimo modelo de criação de filhos. Os pais têm um exemplo belíssimo de como ensiná-los a viverem a vida que Deus preparou para eles. É necessário tirar os filhos da “zona de conforto” e ensiná-los a conquistar seu próprio espaço neste mundo e a enfrentarem as adversidades da vida. Esse é um processo que começa na infância, continua na pré-adolescência e intensifica-se na adolescência. Contudo, o que temos testemunhado são pais que estão mantendo os filhos prolongadamente dentro dos “ninhos”, com total dependência de seus progenitores. Desta forma, os filhos não estão crescendo nem têm experimentado as responsabilidades, desafios, lutas e o preço para se conquistar tudo na vida.

É comum ouvirmos um argumento dos pais: “eu não quero que meu filho passe pelo que eu passei”. Mas os pais se esquecem que foram estas passagens difíceis da vida que os tornaram batalhadores, responsáveis e que fizeram com que soubessem o valor de cada conquista, levando-os a enfrentar a vida com determinação e sem medo dos desafios. Dar uma vida mais fácil para os filhos não tem ajudado, pelo contrário, tem atrapalhado muito. Os filhos estão cada vez mais acomodados, querem tudo e não dão valor a nada, esta é uma geração consumista, materialista e individualista. Muitos jovens estão se envolvendo com a criminalidade, brigas, gangues, drogas, jogos eletrônicos viciantes e violentos, prostituição, sexo e muito mais.

Muitos líderes também repetem o mesmo que os pais com os liderados, “passam a mão na cabeça”, dando tudo na mão dos jovens. Muitos desses jovens não querem trabalhar, estudar, assumir responsabilidades e, o que é pior, vão para o casamento sem o menor preparo e disposição para lutar e vencer os desafios da vida.

Muitos lares, atualmente, são sustentados por mulheres (mais de 42%). Os homens estão ausentes na paternidade e nas responsabilidades do lar. Muitos estudiosos percebem que esta atitude de manter os filhos no “ninho” tem afetado mais os homens, pois, em muitos casos, os pais e as mães têm mantido os filhos numa vida de total dependência até uma idade superior a 20 anos, sustentando-os com a “comidinha na boca”. Estão chegando aos 17, 18 e até 20 anos sem qualquer perspectiva profissional, de estudo e de vida. As jovens garotas estão sofrendo para encontrar os futuros maridos, com este quadro caótico. Da mesma forma os garotos também estão tendo dificuldades para encontrar mulheres virtuosas de acordo com o modelo de Provérbios 31.10-31.

Queridos pais, é hora de acordarmos e mudarmos esta história. Temos que conduzir essa garotada à maturidade emocional, espiritual e financeira, para que sejam responsáveis com a vida naquilo que ela exige de nós. Levá-los a fazerem escolhas baseadas em princípios e valores de Deus, para que possam fazer alianças saudáveis e mutualmente benéficas. Do contrário, choraremos amargamente o fracasso de nossos filhos que acabarão sofrendo ainda mais. Pense nisso: que geração estamos formando? Jovens irresponsáveis, maridos adolescentes, casamentos que se desfazem rapidamente. Uma geração consumista e insatisfeita, dominada pelo egoísmo e pela ingratidão. Não são capazes de enfrentar as lutas comuns da vida e desistem facilmente sem persistência. Precisamos usar o modelo da águia para ensinarmos e desafiarmos nossos filhos a viverem a vida como ela é. O ninho não é o lugar das águias. Águias foram feitas para voar e voar alto.

Uma das maneiras para ajudar seu filho a “voar” nos propósitos de Deus é envolvendo-o nas atividades da igreja. Existe um lugar apropriado e preparado por Deus para ele (a). Ele será desafiado a crescer mais na intimidade com o Senhor. Lembre-se de que a responsabilidade de ensinar e inculcar a Palavra e ser um modelo é dos pais; a igreja será apenas uma cooperadora nesse processo.